Por Rafael Arcanjo | Em 14.09.07 | Categorias: Carreira, Tecnologia
Este texto refere-se ao post Ensinamentos do Sensei Miyagi publicado anteriormente. Se você não leu, clique aqui para não ficar perdido.
O texto cedido por um amigo, Caco Albuquerque, ao contrário do que possa parecer é real. Ela esfrega na nossa cara uma coisa que as vezes nós vemos e deixamos passar batido, principalmente aos olhos dos administradores de empresas: A vida de um administrador de sistemas não é fácil. É um mundo louco, cercado de tecnologias novas surgindo a cada dia e cercado de pessoas do tipo citado na história.
O administrador de sistemas é uma pessoa que não pode se prender apenas na parte técnica, pois precisa responder diretamente à algum cargo de chefia, visto que hoje o setor de TI é vital nas empresas e por isto tem uma posição privilegiada na hierarquia organizacional. Ou seja, ser um System Admin (ou SysOp, como diziam nas antigas) é saber unir a tecnologia com o conhecimento empresarial, é saber quando e de que forma a tecnologia pode ajudar uma empresa a ganhar dinheiro, economizar recursos e esforços, conseguindo ainda otimizar seu processo.
E neste caminho da TI está o usuário. É inevitável, pois os sistemas e os computadores, por mais sofisticados que sejam, são burros de dar dó. Precisa de alguém que os opere. Alguém que saiba pelo menos ler o que tem em seu monitor e interpretar isto, seja em uma caixa de mensagem ou um manual. Porém, o que acontece hoje, vendo nas empresas por onde eu presto consultoria é diferente disto. Falo com conhecimento de causa, visto que trabalhei como Administrador de Sistemas & Redes por um bom tempo, além de ter trabalhado como suporte em um provedor de internet (depois conto esta história com mais calma) e em uma empresa de tecnologia de redes. Hoje, trabalho em uma Software-House implantando sistemas e vejo o mesmÃssimo cenário que via a 4 anos atrás, quando comecei no provedor. Aliás, antes disto eu já me arriscava a fazer algumas coisinha com informática e percebia esta dificuldade: falta qualidade no receptor, na mão de obra que as empresas contratam hoje.
Esta pessoa, o usuário, não precisa saber como dar manutenção em um computador ou resolver todos os problemas com as máquinas, mesmo porque o pessoal de TI estudou para isto e tem um conhecimento maior, impossÃvel comparar (pelo menos, teoricamente). Porém os melhores profissionais que eu já conheci (em outras áreas que não a informática) tem estas duas qualidades em comum que são essenciais: Iniciativa e Capacidade de interpretação. Com estas habilidades (não são DONS e qualquer um pode adquirir, basta querer), é possÃvel desafogar o setor de TI para cuidar dos outros usuários menos capazes e ainda agilizar suas tarefas, visto que não precisará alguém da informática ir até sua mesa para clicar em um botão de “OK”.
Quem precisa conhecer de informática? Quem trabalha com informática. Da mesma forma que quem precisa dar orientações sobre a parte contábil de uma empresa é são os contadores e sobre veÃculos é o mecânico. Entretando isto não tira minha responsabilidade como motorista de procurar me informar sobre meu carro, pois ele pode dar algum problema e me deixar na mão. Também não tira minha responsabilidade como Administrador de empresas de procurar saber sobre contabilidade para ter o que questionar ao meu contador.
Assim deveria ser com o usuário. Este deveria saber um pouco mais sobre, ao menos interpretação de texto (ok, se estiver em inglês tem um desconto) para que possa saber o que se passa e não dar uma de UMMERDA1 e entregar o pessoal de TI nas garras do Diabo.
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