Por Rafael Arcanjo | Em 27.05.08 | Categoria: Tecnologia
Sábado, 24 de maio de 2008, 08h18
Mundos virtuais podem ajudar crianças, diz pesquisa
Sábado, 24 de maio de 2008, 12h47
Usuários da Internet estão mais egoÃstas, diz especialista
É, não queria falar, mas eu já sabia.
Por Rafael Arcanjo | Em 22.05.08 | Categorias: Google, Tecnologia
Dias atrás ouvi dizer que estamos prestes a presenciar uma revolução chamada Cloud Computing ou Computação nas Nuvens. É neste projeto que o Google aposta suas fichas para o que estão chamando de “O Futuro da Informática”. O Jornal da Globo, que parabenizo por ter feito uma série de entrevistas no Google e que critico por tentar ser sensacionalista demais, fez uma matéria direto do GooglePlex onde comentou sobre o assunto. A chamada era a seguinte:
Engenheiros do Google, uma das gigantes da informática, desenvolvem a computação nas nuvens. A nova tecnologia pode colocar os dados pairando sobre nós e deixar computadores mais baratos.
Fonte: Globo VÃdeo
Os apresentadores começaram assim:
Willian Waack: O Jornal da Globo foi ao lugar onde está sendo inventado agora o futuro do computador que deve ficar mais barato, mais rápido e nas nuvens.
Christiane Pelajo: A nova tecnologia de informática nas nuvens esta sendo desenvolvida por cientistas e empresários com pés no chão da Califórnia, onde o correspondente Rodrigo Alvares foi visitá-los.
[corta pra matéria]
Fonte: Globo VÃdeo
Pausa dramática.
Bom, esqueçamos o Jornal da Globo. O problema pra mim nem é ele. O problema é que não é apenas o programa global que está falando que estamos prestes a ver o futuro estalando de novo aos nossos olhos.
O futuro de que, cara pálida ? A única coisa que eu consigo enxergar nesta iniciativa é que isto não passa do que foi até hoje conhecido como Passado. Sim, o passado, onde ouvi com muita atenção, no inÃcio do meu fascÃnio pelos computadores, os mais velhos me contarem que “no princÃpio eram as trevas” e os terminais eram burros, basicamente teclado e tela para entrar com os dados e um servidor parrudo conectando todo mundo na outra ponta. Resumindo o conceito, é isto que você pode ver abaixo:

Grosseiramente falando, este era o esquema em muitas das redes nas grandes empresas que tinham bala na agulha para comprar um MainFrame. Na verdade, algumas empresas ainda mantém seus gigantes funcionando. O famoso legado. Mas isto é assunto para outro post.
Pois bem, o que o Mr. G quer fazer é a mesma coisa. Mas, ao invés da rede local, cabeada e de curta distância que temos nas empresas, a rede utilizada será a famosa internet. Sendo assim, terÃamos o seguinte cenário:

Hoje em dia, em minhas leituras e contato com outros profissionais, tenho até visto mais pessoas falando sobre Mainframes, apesar de ser uma volta ao passado em minha opinião. Porém pode ser também uma tendência de futuro. Vamos ver.
A minha crÃtica nem é tão ácida quanto ao uso de Mainframes, mas é em dose quase letal em se tratando do seu parceiro, o Terminal Burro. Porque ?
Se olharmos a história da queda dos mainframes, veremos que os mesmos entraram em desuso a partir do momento que os computadores pessoais e workstations tiveram uma redução de preços considerável e tornando menor a diferença de custos entre a aquisição de mainframes e workstations com capacidade de processamento.
O poder ficava todo concentrado nos mainframes. O ponto chave para a queda foi a transferência de poder de processamento deles para as estações, distribuindo assim o trabalho.
Pois bem, desde esta época (anos 70 e 80, se não me engano) até os dias de hoje, as máquinas foram ganhando mais e mais potência. Hoje temos nas máquinas em nossas casas um poder de processamento bem razoável e os periféricos cada vez mais ganham desempenho e perdem tamanho.
E já temos este processamento hoje por um preço até certo ponto acessÃvel. E não estou falando de computador do milhão ou PC Popular. Para exemplificar, eu consegui, sem procurar muito, achar uma oferta no Submarino de um PC com a seguinte configuração:
CPU Dual Core E2160 – 1GB de memória – 250GB HD – Gravador de DVD – LCD 17″ Widescreen LG
É uma configuração respeitável por um preço acessÃvel (R$ 1399,00 no dia 14/05/08). Nele eu poderia editar minhas imagens, usar meu processador de textos, uma planilha eletrônica, usar um player de músicas, brincar com jogos que não necessitem de uma placa de vÃdeo poderosa, armazenar muitos dados pois tem um hd robusto e várias tarefas de pessoas comuns. Tudo isto sem depender de conexão com internet. Tendo o acesso à rede, eu poderia muito bem navegar pelas páginas, usar serviços online e conversar com meus amigos.
A idéia do Cloud Computing é que tenhamos um processamento central, sendo assim, não seria necessário que os computadores pessoais sejam tão potentes, visto que eles utilizariam o poder dos clusters e supercomputadores na outra ponta. Assim, se não seriam necessários computadores tão potentes para os usuários, eles poderiam cair de preço.
Pois bem, então para que possamos dar um exemplo, vamos pegar este valor do computador que eu achei no submarino. Vamos arredondar o valor dele: R$ 1400,00. Se a idéia é reduzir o custo, suponhamos que ele caia pela metade. R$ 700,00.
Sendo assim, vem tenho algumas questões:
1) Agora eu tenho um computador de R$ 700,00 que vai precisar de uma senhora conexão com a internet e muita memória (quem usa o firefox ou internet explorer com mais de 6 abas abertas sabe o que eu estou falando) para fazer as tarefas basiconas que eu faria na minha máquina, como editar um texto, de maneira offline sem depender de muito processamento.
2) Terei uma máquina que só funciona (bem ou mal) quando a internet estiver ligada. Certo, e se onde eu morar não tiver conexão com a internet ? E olha que isto não é tão incomum assim aqui no Brasil. Quem trabalha viajando como eu sabe o que estou falando.
3) E se a conexão da minha casa ou local for ruim ? Se eu estiver em um hotel por exemplo compartilhando a conexão de 1MB com mais 30 hóspedes. Como eu faria neste caso ? Simplesmente não usaria meu computador, visto que meus dados e meu processador de textos estaria online, certo ?
E olha que eu nem estou colocando a questão da privacidade, que deixa muita gente de cabelo em pé já tem algum tempo. Você confiaria todos os seus dados (documentos com senha de banco, planilhas pessoais, dados confidenciais da sua companhia) à uma empresa ?
Conclusão
Eu sei que a realidade lá fora é diferente, mas ainda assim creio que existam lugares onde a internet não será suficiente para que eu possa, por exemplo, jogar GTAIV online. E quando eu digo online não é apenas jogando com outras pessoas na internet como hoje já temos, mas que todo o processamento de todos os jogadores sejam feitos no servidor/mainframe/cluster/whatever. E usar softwares super pesados como o AutoCad então ?
As coisas estão evoluindo e ontem mesmo alguém disse que 64K eram suficientes para qualquer pessoa. Contudo, não vejo esta iniciativa com todo este intusiasmo e pretenção de que seja o caminho para a revolução digital. Creio que a idéia seria a integração do online com o offline. Os dois podem conviver harmoniosamente no momento em que você, dentro do ônibus com seu celular e conexão à rede mundial de computadores, possa responder seus emails, criar uma planilha e dar um toque mais profissional nela depois quando estiver em casa, com um editor mais completo, com mais funções.
Talvez algo como os “sistemas operacionais” online que temos por aà seria melhor visto de minha parte, apesar de ter testado alguns como o YouOS e não conseguir me acostumar com o conceito. O Guilherme Felitti escreveu em 2006 (como o tempo passa!) no IDG NoW! um artigo apresentando quatro destes sistemas operacionais online, vale a pena conferir.
Portanto, o que o Google está chamando de futuro nada mais é que o passado remoldado, que pode não ser tão revolucionário nem tão usual como estão vendendo por aÃ.
Leia mais sobre Cloud Computing em:
Computação nas nuvens: O futuro, Segundo o Google – UnderGoogle
Computação nas Nuvens. O Google quer construir o futuro dos computadores
UPDATE { 24/05/08 – 13:52 } : Leia também a opinião do Newton Wagner sobre Cloud Computing. Ele tem um ponto de vista um pouco diferente do que eu coloquei aqui. Minha opinião sobre este ponto de vista está lá no artigo dele, como comentário.
Por Rafael Arcanjo | Em 09.05.08 | Categoria: Tecnologia
Acontecerá aqui na minha querida região do Vale do Aço o evento No Stop GNU, realizado pela comunidade GNU do Vale do Aço (duh!) – CGNUVA.
O evento que já acontece há algum tempo por estas bandas será mais uma vez no campus de Coronel Fabriciano, no Auditório Senhor Zezinho do Centro Universitário UnilesteMG no dia 07/06/2008 nos seguintes horários:
Ocorrerão, como de praxe nestes eventos de software livre, palestras e várias desconferências entre os participantes. Abaixo, os temas das palestras já definidas:
Tema: Software Livre como alternativa de negócio. Caso de uso: área hospitalar
Palestrante: Douglas Cristiano Alves – Consultor de TI da IBMTema: Python
Palestrante: Douglas Soares de AndradeTema: Traffic Shape – Porque e como Provedores controlam tráfego P2P
Palestrante: Guilherme de Freitas FigueiredoTema: GNU/Linux embarcado em sistemas de automação industrial
Palestrante: Adailton Emerick da Cunha – Analista Técnico – TecWise Sistemas
de Automação.Tema: Php + Apache + Postgree
Palestrante: Renato Gravino Neto
Em paralelo às palestras e desconferências será realizado o famoso install fest no laborátorio de Software Livre. É a oportunidade que os que não são familiarizados com o sistema operacional e gostaram ou tiveram pelo menos curiosidade terão de ter em seus computadores uma cópia instalada. Por isto, levem seus computadores. Nesta parte do evento vai acontecer o seguinte:
E, sim, terá um coffeebreak na parte da tarde para saciar os famintos por bits mas que também precisam se alimentar de outra coisa a não ser chips e coca-cola. Normalmente nestes eventos aqui na região, ao término, o pessoal se junta para o GnuBeer, uma extensão mais descontraÃda do evento em algum bar onde rola sempre uma cervejinha para quem bebe e um refri para os mais inteligentes como eu :D
Quem for da região ou locais próximos, não deixe de organizar sua caravana e comparecer.
Por Rafael Arcanjo | Em 27.04.08 | Categorias: Blogosfera, Tecnologia
Algumas semanas atrás, meu xará Rafael Ziggy do blog Sim, Viral! entrou em contato comigo no Gtalk. Tinha uma proposta (não indecente) para fazer: queria saber se eu toparia participar de uma campanha que ele estava encabeçando, com o intuito de promover o Dia Global do Voluntariado Jovem. O objetivo era ajudar quem está entrando neste mundo digital, seja escrevendo um post, tutorial, um pdf, qualquer coisa. O nome da ação é Movimento Blog Voluntário
O desafio foi prontamente aceito.
Eu estava com idéia de escrever dicas de como se comprar um computador, tipo este artigo do Fugita (Não seja enganado por vendedores de computador) no Techbits, porém com alguns exemplos práticos destes computadores que são vendidos hoje nas Casas Bahia e outras lojas de varejo.
Ia fazer uma pesquisa nas lojas, ver os computadores atuais, comparar os preços médios e dar uma sugestão. Porém, tive que viajar e tudo foi por água a baixo :( Como então minha idéia já havia ido ao chão e já haviam muitos posts muito bons (veja no rodapé deste artigo), fui procurar outra coisa para poder participar do evento e pensei no seguinte: porque não trazemos também esta idéia do Ziggy pro lado Offline ? Eu já havia pensado nisto há algum tempo, tinha até conversado com minha namorada sobre, porém a idéia não vingou por falta de tempo.
PoderÃamos também nos unir (blogueiros ou não blogueiros) para ajudar quem não tem conhecimento. Seja com manutenção em computador, seja com consultoria em websites e também como apoio na hora de comprar um novo equipamento.
Eu pensei em um asilo que tem aqui perto de casa onde trabalha minha cunhada. Minha idéia é ir lá num sábado e dar uma ajuda com os computadores que eles tem: Ver o que precisam, dar uma limpeza nas máquinas, etc. Não pensei bem ainda e vou primeiro conversar com minha cunhada se é possÃvel.
As possibilidades são inúmeras e cada um acho que pode ajudar de alguma forma, dentro das possibilidades.
Será que podemos amadurecer esta idéia juntos ?
Os comentários estão abertos.
Conhecendo melhor o computador
Como funciona a internet
Acentuação e códigos no Mac
Por Rafael Arcanjo | Em 21.04.08 | Categoria: Tecnologia
Antes de explicar o que é, assista ao vÃdeo abaixo.
A mistura de mula sem cabeça, abelha e burro de carga é resultado de pesquisa da empresa especializada em robótica chamada Boston Dynamics. É chamado de BigDog (em bom português, cachorrão), o quadrúpede robótico mais avançado do mundo.
É impressionante como ele consegue se adequar e se equilibrar nos mais variados tipos de pisos como neve, pedregulhos, areia e ainda saltar obstáculos. Isto tudo carregando peso de até 155KG nas costas. O responsável por tudo isto é um sistema computadorizado que controla sua locomoção e sua estabilidade através de sensores. A cada passo ou situação nova, como o chute que ele tomou de um dos cientistas no vÃdeo, novos parâmetros são calculados e ele é capaz de se adaptar à esta nova situação, se mantendo em pé.
O projeto foi financiado pela DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency).
Para funcionar realmente em um campo de batalha só mesmo na retaguarda, porque na frente e em operações táticas é impossÃvel por conta do seu barulho. Mas imagino que seja uma coisa que possa ser melhorada e estudada aos poucos.
Uma coisa que não ficou muito claro pra mim é: o robô só anda pra frente ? Como programar pra ele sair de um ponto, dar a volta em uma pedra (e não pular) e deixar o material atrás deste obstáculo ?
Bom, de qualquer forma, a idéia é interessante e merece ser aperfeiçoada.
Referências Externas
Aleatóricos
Tuga Tronica
Danosse
Boston Dynamics